A superlotação nos serviços de emergência parece ser um problema genuinamente brasileiro. Entretanto, observando dados da literatura, notamos que este é, na verdade, um problema mundial. Caracteriza-se pela ocupação de todos os leitos existentes no pronto-socorro (incluindo os de retaguarda), com expansão desorganizada de macas para os corredores e outros locais inapropriados como a própria recepção do setor.
Em geral, é mais notória nos serviços públicos, mas também está presente em vários serviços privados. Tornou-se até uma rotina ter placas na recepção com previsões cada vez mais longas de atendimento. Isto gera uma série de conflitos e tensões: equipe assistencial sobrecarregada, estafada e estressada, além de pacientes e acompanhantes irritados e insatisfeitos. O tempo longo entre o atendimento inicial e a alta, com consequente baixa resolutividade e redução na qualidade do atendimento também acabam acontecendo. Por ser a “porta de entrada” dos hospitais e serviços de saúde, a emergência torna-se alvo também de exposição e desgaste da imagem do profissional assistencialista.
De acordo com um relatório da força-tarefa do Colégio Americano de Médicos de Emergência de 2008¹, o aglomerado de pessoas nos serviços de urgência e emergência pode ser definido como “quando não há espaço para atender a necessidades oportunas do próximo paciente que precisa de cuidados de emergência”, sendo fortemente relacionado nas últimas décadas a desfechos desfavoráveis para os pacientes. Segundo Bittencourt & Hortale, a superlotação pode também ser definida como situação que reflete a saturação do limite operacional nos serviços de emergências hospitalares.
Saúde mental da equipe: Síndrome de Burnout se tornou mais frequente depois da pandemia
O setor de enfermagem é de extrema importância para o bom funcionamento de um hospital. E por ser um trabalho que exige muita dedicação, tempo, estudo, conhecimento técnico, habilidades emocionais e perseverança é complexo manter altos níveis de eficácia. Por esse motivo, a gestão e treinamentos são fundamentais para colaborar com esses profissionais. Separamos algumas dicas para chefes de setor que podem colaborar para o aumento dessa produtividade:
Saúde mental da equipe: Síndrome de Burnout se tornou mais frequente depois da pandemia
A síndrome de Burnout é um transtorno psíquico e emocional decorrente do estresse laboral. Afeta milhares de trabalhadores e acontece pela vulnerabilidade do indivíduo frente a questões interpessoais e institucionais
Em 1974, Herbert Freudenberger, o psicanalista estadunidense definiu a doença a partir da análise do comportamento de trabalhadores frente a situações estressoras do ambiente laboral. Inicialmente, comparou o estresse psíquico sofrido com a cabeça de um fósforo ao pegar fogo.
Assim, definiu o estresse laboral como a síndrome do esgotamento profissional, classificada em três dimensões:
Os principais sinais e sintomas sentidos pelos trabalhadores são:
A baixa realização pessoal está associada aos sentimentos de incompetência e de perda de produtividade. A baixa realização pode provocar:
O que pode ser feito para reduzir esses efeitos?
Estratégias organizacionais: Tempo adequado para descanso, autonomia, participação no plano de carreira, revisão do processo de trabalho, supervisão incorporada como apoio ao trabalhador, participação nas tomadas de decisão, mudanças no estilo de liderança, recursos humanos suficientes, condições ambientais agradáveis, melhorar comunicação e trabalho em equipe.
Estratégias individuais: Inclui aspectos fisiológicos como promoção de exercícios físicos, técnicas de relaxamento, higiene do sono, sistema de apoio estimulando conversas com pessoas de confiança, grupos, passar mais tempo com a família, estimular hábitos saudáveis, recreação e hobbies. Ensinar estratégias de enfrentamento diante dos estressores, prevenir respostas negativas associadas aos efeitos do estresse.
Estratégias combinadas: Estimular a integração da equipe através de reuniões para promover a troca de experiências e apoio mútuo, discussões e reflexões dos problemas, estímulo às boas relações sociais no trabalho.
É fundamental estar bem descansado e bem alimentado para ter um bom dia de trabalho e render o melhor possível. A produtividade está diretamente ligada ao seu lado físico e também emocional. Portanto, sempre oriente sua equipe sobre o autocuidado e desenvolva ações e metodologias para fazê-los se sentir acolhidos. Ter um tratamento amigável e gentil, além de algum presente ou brinde em data comemorativa podem gerar excelentes resultados.
A importância da gestão de qualidade
Para sanar esse problema sério que passou a assolar os hospitais e instituições de saúde pós-pandemia, a gestão deve estar atenta e atuante junto ao seu time. A resolução de problemas interpessoais é um dos grandes desafios das organizações, especialmente na área de saúde.
Além do acompanhamento pessoal, acompanhar o desempenho profissional pode ajudar a identificar problemas dessa natureza. Por exemplo, se um funcionário com bom desempenho e sempre proativo passar a apresentar problemas, você perceberá logo que algo deve ser feito.
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