Meta 1
Identificação Correta do Paciente

Por Mariana Lopes de Figueiredo
Enfermeira COREN MG 32373
Dando sequência a nossa série de postagens sobre Segurança do Paciente, vamos abordar a Meta 1: Identificação Correta do Paciente.
Esse é o cuidado primário e essencial para uma assistência segura, pois parte do princípio de identificar corretamente o indivíduo como sendo a pessoa a qual se destina o procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de enganos e uma cascata de erros sucessivos que o possam lesar (exames, administração de medicamentos, sangue ou hemoderivados, cirurgias e tratamentos).
O risco existe, pois, a comunicação efetiva enfrenta muitas barreiras, e no contexto dos serviços de saúde, há situações em que o paciente é incapaz de confirmar sua identidade corretamente, seja por estar momentaneamente incapacitado (sob anestesia ou com nível de consciência rebaixado), ou por outras condições como cognição comprometida, baixa acuidade auditiva, falta de atenção ou até mesmo timidez.
Também não é incomum que em um mesmo local haja pessoas com nomes semelhantes ou até mesmo iguais, seja em um laboratório para coleta de material para exame, em uma clínica radiológica ou durante uma internação hospitalar, para realização de um diagnóstico, para um tratamento clínico ou cirúrgico. O que abre espaço para enganos, troca de documentos e troca do procedimento que se destinava a outro paciente.
Sabendo que erros de identificação do paciente podem ocorrer desde a admissão até sua saída do serviço de saúde, em todas as fases do diagnóstico e do tratamento, foi preconizado pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que todos os pacientes sejam identificados no momento da admissão. Essa identificação é feita por meio de uma etiqueta afixada na roupa, utilizada em situações mais pontuais como consultas ambulatoriais e realização de exames simples, ou a pulseira, utilizada principalmente durante a internação, devendo permanecer até a saída do paciente da instituição. A pulseira deve ser confeccionada em material apropriado, resistente a líquido e fluidos corporais, ser confortável, apresentar as informações de forma legível, e ser de fácil acesso para conferência.
A identificação é composta por no mínimo dois identificadores como: nome completo do paciente, data de nascimento do paciente, nome completo da mãe do paciente, número de prontuário do paciente. É importante ressaltar que o número do quarto não pode ser utilizado para identificar o paciente, tratando-se apenas de um localizador. Essa identificação não é segura, visto que o paciente pode ser transferido de quarto/leito, ou se deslocar, inadvertidamente, por conta própria, para outro quarto/leito.
A verificação da identidade do paciente não deve ocorrer apenas no início de um episódio de cuidado, mas deve continuar a cada intervenção realizada no paciente ao longo de sua permanência no serviço de saúde, a fim de manter a sua segurança. Esse é um compromisso de todos, e deve envolver não só a equipe assistencial, como também a administrativa, os serviços de apoio, os acompanhantes e os próprios pacientes, que devem estar atentos e cobrar esse cuidado.
Identificação Correta do Paciente
-Confirmar a identificação do paciente antes de todo e qualquer cuidado a ser prestado.
-NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o paciente pode não compreender e concordar por engano.
-PEÇA ao paciente que declare seu nome completo e data de nascimento.
-Caso haja, em uma mesma unidade, dois pacientes com nomes iguais ou semelhantes, utilizar um terceiro identificador, como o nome da mãe do paciente, por exemplo.
-NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que a etiqueta com o nome acima do leito está correta.









